Migrar um site WordPress para outro servidor é uma tarefa comum, mas que exige planejamento e cuidado. No mercado brasileiro, onde milhares de sites dependem do WordPress, entender os desafios e melhores práticas de migração é fundamental. Este guia aprofunda os principais aspectos da migração de sites WordPress, incluindo problemas frequentes e soluções, motivos para migrar (ou não migrar), estratégias de mitigação de riscos, contratação de especialistas e preços praticados no Brasil. Todo o conteúdo foi elaborado em português do Brasil, com referências atuais para embasar as informações.
Principais problemas durante a migração de WordPress (e como resolvê-los)
Durante a migração de um site WordPress entre hosts/servidores, alguns problemas clássicos podem ocorrer. Conhecer esses contratempos ajuda a preveni-los ou corrigi-los rapidamente:
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Perda de dados ou arquivos: Um risco é não migrar todos os arquivos ou partes do banco de dados, resultando em conteúdo faltando (por exemplo, imagens que sumiram após a mudança de servidor). Isso pode acontecer se algum item ficar para trás enquanto o DNS ainda apontava para o servidor antigo. Após a propagação do DNS, esses arquivos ausentes deixam de ser acessíveis. Solução: Sempre faça um backup completo antes da migração e, caso note falta de arquivos, restaure-os do backup no novo servidor. Verifique se todas as tabelas do banco de dados foram importadas e todos os diretórios de uploads, plugins, temas etc. foram copiados.
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Tempo de inatividade (downtime): Manter o site fora do ar por muito tempo pode gerar perda de visitantes e receita. Solução: Planeje a migração para ser a mais rápida possível e, se puder, use ferramentas ou plugins que realizem a transferência de forma ágil, minimizando o tempo offline. Teste tudo antecipadamente e só aponte o DNS para o novo servidor quando o site no destino estiver pronto. Além disso, informe seu público sobre uma possível janela de manutenção (ex: via aviso no site, e-mail ou redes sociais) para que estejam cientes do breve downtime.
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Links quebrados e erros 404: Após migrar, é comum enfrentar links internos quebrados ou páginas não encontradas (erro 404). Isso pode ocorrer devido a diferenças de configuração de permalink ou à falta do arquivo de configuração apropriado. Por exemplo, se o arquivo
.htaccess
não foi transferido ou o novo servidor não tem o módulo de reescrita de URL habilitado, as URLs amigáveis podem parar de funcionar. Solução: Confirme que o.htaccess
está presente no novo servidor e que contém as regras de permalink do WordPress. Verifique se o servidor novo suportamod_rewrite
(no caso de Apache) ou configure adequadamente as regras de URL se usar Nginx. Use plugins de verificação de links (como Broken Link Checker) para identificar e corrigir URLs quebradas. Em caso de mudança de domínio ou caminho, execute uma busca e substituição no banco de dados para atualizar URLs antigas para o novo domínio, garantindo que imagens e links apontem corretamente. -
Erro de conexão com o banco de dados: É frequente, após migrar, aparecer a mensagem “Error establishing a database connection”. Isso geralmente indica que as credenciais ou detalhes de conexão com o banco não foram atualizados para o novo ambiente. Cada servidor pode ter um host de banco de dados diferente (por exemplo,
localhost
no antigo e um endereço diferente no novo) e certamente terá um nome de banco, usuário e senha próprios. Se esses dados não estiverem corretos no arquivowp-config.php
, o WordPress não conseguirá se conectar. Solução: Edite owp-config.php
no novo servidor e atualize: nome do BD, nome de usuário, senha e host do BD conforme as configurações do novo provedor. Verifique também se o usuário do banco tem as permissões adequadas no novo servidor. Uma vez ajustado, o site deve reconectar normalmente. -
Conflitos de plugins ou temas (tela branca): Após a migração, o site pode carregar apenas uma “tela branca” (White Screen of Death) sem mensagens de erro. Isso é frustrante, pois não dá pistas imediatas do problema. As causas mais comuns são erros fatais de PHP devido a plugins ou temas incompatíveis com o novo ambiente (por exemplo, versão diferente do PHP, extensões faltantes) ou até arquivos corrompidos durante a transferência. Solução: Habilite o modo de depuração do WordPress (
WP_DEBUG
nowp-config.php
) para exibir os erros e identificar qual plugin/tema ou função está falhando. Consulte também os logs de erro do servidor. Assim que identificar o componente problemático, tome ações como reinstalar o plugin/tema, ou atualizá-lo para uma versão compatível. Em casos urgentes, renomeie a pasta do plugin/tema via FTP para desativá-lo temporariamente e restaurar o acesso ao painel. Após corrigir o erro fatal, o site voltará a funcionar normalmente. -
Problemas com DNS e propagação: A etapa final da migração envolve atualizar o DNS do domínio para apontar ao novo servidor. Se essa configuração for feita incorretamente, o site pode ficar inacessível (por exemplo, apontar para um IP errado) ou os visitantes podem ser levados ao servidor antigo. Além disso, a propagação do DNS leva tempo (até 24-48h), durante o qual algumas pessoas veem o site no servidor novo e outras ainda no antigo. Solução: Planeje a mudança de DNS para um horário de baixo tráfego e, se possível, reduza o TTL (Time to Live) dos registros DNS algumas horas/dias antes, para acelerar a propagação. Configure os novos registros (geralmente apontando o A record para o IP do novo servidor) cuidadosamente. Durante o período de propagação, evite fazer alterações de conteúdo, ou mantenha o site antigo em “manutenção” para não receber novos dados (comentários, pedidos, etc.) que não seriam copiados. Utilize ferramentas online ou comandos (
nslookup
,dig
) para verificar se o domínio já resolve para o novo IP. Uma vez propagado, confira se todas as partes do site estão funcionando pelo novo servidor.
Esses são alguns dos problemas mais recorrentes. Outros possíveis incluem diferenças de versão de PHP ou MySQL entre servidores que afetam alguma funcionalidade, permissões de arquivos alteradas (que podem impedir uploads ou exibirem erros de escrita), ou ainda quebra de serialização de dados (se a URL for alterada no banco de dados sem usar ferramentas adequadas). Felizmente, conhecendo os “calos” da migração, você pode antecipar soluções e realizar o processo com mínimo estresse. Em suma, os desafios comuns envolvem downtime, perda de dados, links quebrados, erros de servidor/banco e incompatibilidades de ambiente, mas todos possuem medidas de correção ou prevenção apropriadas.
Motivos mais comuns para realizar a migração de um site WordPress
Migrar um site não é algo que se faz à toa – normalmente há razões claras para encarar esse processo. No contexto brasileiro, os motivos a seguir estão entre os mais comuns para mudar um site WordPress de um servidor para outro:
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Melhor desempenho e estabilidade: A busca por velocidade e uptime leva muitas empresas a trocar de hospedagem. Se o site está lento, enfrentando quedas ou recursos limitados no provedor atual, faz sentido migrar para um servidor mais potente ou serviço especializado em WordPress, que forneça melhor performance e confiabilidade. Por exemplo, ao atingir certo volume de tráfego, pode ser necessário sair de uma hospedagem compartilhada básica e ir para um VPS ou servidor dedicado mais robusto.
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Custos e benefícios financeiros: Reduzir despesas ou obter mais pelo mesmo investimento é outro motivo forte. Talvez você tenha encontrado um plano de hospedagem mais econômico que atenda às suas necessidades, ou queira consolidar vários sites em um único servidor para poupar dinheiro. Unificar serviços pode simplificar o gerenciamento e reduzir custos operacionais (ex.: manter domínio e site no mesmo provedor ou hospedar múltiplos sites num plano de revenda). A migração, nesse caso, viabiliza economias ou um melhor cost-benefit.
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Suporte técnico e recursos adicionais: A qualidade do suporte da hospedagem atual pode motivar a mudança. Muitos usuários migraram para hosts com suporte 24/7 em português ou com melhor reputação de atendimento. Além disso, alguns provedores oferecem recursos otimizados para WordPress, como cache embutido, CDN, backups diários ou ambientes de staging. Se sua hospedagem atual deixa a desejar em segurança, backup ou outras ferramentas, mudar para outra com suporte especializado e recursos gerenciados pode valer muito a pena.
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Escalabilidade e crescimento: Conforme o site ou negócio cresce, a infraestrutura precisa acompanhar. Uma razão típica de migração é quando você evolui o tipo de hospedagem – por exemplo, saindo de um plano compartilhado para um VPS ou cloud, ou de um VPS para um dedicado – a fim de lidar com mais tráfego, mais conteúdo e garantir estabilidade na escala maior. Mudanças assim exigem migrar o WordPress para o novo servidor mais poderoso. Da mesma forma, se a empresa expande suas operações para outros países ou regiões, pode ser vantajoso mover o site para um datacenter localizado mais próximo do público-alvo (reduzindo latência).
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Mudança de domínio ou rebranding: Muitas vezes a migração ocorre não por questões de hospedagem em si, mas porque o site vai mudar de endereço (domínio). Seja por uma estratégia de marca (rebranding) ou para adotar um domínio mais curto ou com mais autoridade, o conteúdo WordPress precisa ser transferido para a nova URL. Essa é considerada uma das migrações mais delicadas, pois envolve redirecionamentos e atenção ao SEO, mas é comum em renovações de sites. O motivo aqui é apresentar um novo domínio aos usuários e motores de busca, mantendo o histórico do site.
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Questões de segurança ou conformidade: Se a hospedagem atual sofreu incidentes (como invasões recorrentes, malware) ou não atende requisitos de segurança, a empresa pode optar por migrar para um ambiente mais seguro. Por exemplo, provedores com certificação específica, backups redundantes ou isolamento de contas podem oferecer tranquilidade extra. Além disso, migrações podem ocorrer para implementar HTTPS (adquirir SSL e colocar o site em HTTPS em outro serviço) – embora migrar para HTTPS geralmente não exija trocar de servidor, algumas empresas aproveitam para mudar para um host melhor ao mesmo tempo.
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Consolidação de serviços: Empresas que gerenciavam múltiplos sites em diferentes hosts, às vezes escolhem um único provedor para centralizar tudo. Migrações múltiplas assim são motivadas por facilidade de gestão (uma fatura única, um painel único) e até descontos em volume. Como citado, consolidar pode diminuir custos e overhead de administração.
Em resumo, os motivos mais comuns envolvem buscar melhor desempenho, economia, suporte de qualidade, escalabilidade e melhorias estratégicas (como usar um domínio novo ou aumentar a segurança). Entender claramente a motivação é importante para planejar a migração corretamente e avaliar se os benefícios esperados compensam o esforço.
Quando evitar a migração (necessidade vs. riscos)
Embora haja boas razões para migrar, também existem situações em que a migração pode ser desnecessária ou até arriscada. É importante avaliar o cenário cuidadosamente – às vezes “em time que está ganhando, não se mexe”. Considere evitar ou adiar a migração nas circunstâncias abaixo:
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Ausência de necessidade real: Não realize uma migração apenas por capricho ou por achar que “pode ser melhor” sem evidências concretas. Por exemplo, se o site está estável, rápido o suficiente e sem problemas significativos, migrar por achismo pode introduzir riscos desnecessários. Qualquer migração envolve potencial de erro ou downtime – só faça se houver um ganho claro (performance, custo, segurança, etc.) ou uma necessidade justificada.
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Períodos críticos de tráfego ou vendas: Evite migrar o site durante datas promocionais ou picos de acesso relevantes para seu negócio. Em e-commerces, por exemplo, não migre em semana de Black Friday, Cyber Monday ou em dias de campanha publicitária ativa, pois um problema ou instabilidade nesses momentos pode causar grande prejuízo. Prefira executar mudanças em finais de semana ou feriados, quando há menos usuários online, tornando qualquer interrupção menos impactante. Se for inevitável migrar próximo a um período movimentado, planeje janelas de manutenção curtas e tenha um plano de reversão de emergência.
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Falta de preparo ou recursos para migrar com segurança: Caso você (ou sua equipe) não tenha familiaridade técnica com migração e não possa garantir medidas de segurança (backup completo, ambiente de teste, etc.), é melhor não arriscar uma migração improvisada. Migrar sem planejamento pode ocasionar perda de dados ou mesmo um tempo de inatividade prolongado. Se não puder adiar, considere contratar um profissional para auxiliar (conforme discutido adiante). Lembre que migrações mal feitas podem resultar em desastres para o site, então não tente fazê-la às pressas ou sem conhecimento – isso pode ser mais prejudicial do que manter o site onde está temporariamente.
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Existência de alternativas à migração: Muitas vezes, o problema que se tenta resolver migrando poderia ser solucionado de outra forma menos arriscada. Por exemplo, se o site está lento, otimizações de cache, CDN ou upgrade de plano no mesmo host podem resolver, sem precisar migrar para outro provedor. Ou se o site caiu por falta de recursos, talvez adicionar mais memória/CPU no servidor atual já baste. Sempre avalie se migrar é a única/última opção. Em alguns casos, a hospedagem atual pode melhorar o plano ou oferecer suporte extra que elimine a necessidade de migrar. Evite a migração se ajustes pontuais no ambiente existente atingirem o mesmo objetivo com menos risco.
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Grandes mudanças estruturais simultâneas: Se você planeja redesenhar totalmente o site, trocar o CMS ou fazer outras mudanças profundas além da migração, cuidado. Realizar muitas alterações ao mesmo tempo que migra pode tornar difícil diagnosticar problemas. Pode ser melhor fazer uma coisa de cada vez – por exemplo, migrar primeiro o site “como está” para o novo servidor, assegurar que tudo funciona, e só depois implementar o redesign ou novas funcionalidades lá. Isso reduz a chance de atribuir um erro à causa errada. Evite migrar no meio de um desenvolvimento pesado ou vice-versa.
Resumindo, não migre sem necessidade clara, nem em momentos inapropriados ou sem estar preparado. A migração sempre envolve algum risco; cabe avaliar se o benefício esperado justifica esse risco. Se a resposta for “talvez não”, então é hora de reconsiderar e possivelmente adiar ou cancelar a migração até que seja realmente necessária.
Estratégias para reduzir riscos na migração
Quando a migração é o caminho escolhido, algumas estratégias e boas práticas ajudam a mitigar os riscos envolvidos. Siga estas recomendações para garantir que o processo ocorra com o mínimo de problemas possível:
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Faça backup completo antes de qualquer mudança: Este é um passo inegociável. Realize um backup completo de todo o site – arquivos e banco de dados – antes de iniciar a migração. Assim, se algo der errado, você pode restaurar o site ao estado original. Armazene o backup em local seguro (de preferência, fora do servidor de origem, por exemplo, em seu computador local ou em nuvem). Ferramentas como o plugin Duplicator facilitam criar um pacote de backup do WordPress de forma simples. Alguns provedores oferecem backup automático; mesmo assim, tenha sua própria cópia por precaução.
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Use um ambiente de teste (staging) para validação: Em vez de migrar direto “ao vivo”, considere criar um ambiente de staging – uma cópia de teste do seu site no novo servidor. Suba os arquivos e banco de dados lá primeiro e teste tudo antes do go live. Isso permite verificar se o site funciona bem no novo host (plugins, temas, integração com PHP versão X, etc.) sem impactar usuários reais. Identifique e corrija erros nesse ambiente de teste. Muitas hospedagens fornecem recursos de staging que facilitam esse processo. Após validar, você pode promover a versão testada para produção ou então refazer a migração “pra valer” já ciente dos ajustes necessários.
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Planeje a migração para horários de baixo movimento e avise os usuários: Escolha cuidadosamente o momento da migração. O ideal é um horário de tráfego baixo (madrugada ou fim de semana, dependendo do seu público). Isso minimiza o impacto de um eventual downtime ou lentidão. Informe antecipadamente seus usuários/clientes sobre a migração e possível indisponibilidade temporária – transparência gera compreensão. Por exemplo, envie e-mail aos clientes da loja avisando manutenção programada, ou coloque um aviso no site dias antes. Dessa forma, o público já espera a janela de manutenção e confia que o site voltará logo.
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Ative o modo de manutenção durante a migração: Antes de começar a copiar dados, coloque o site em modo de manutenção (maintenance mode). Isso bloqueia acessos de visitantes e exibe uma mensagem amigável (“Estamos migrando, voltamos em breve”), além de impedir que novos conteúdos (comentários, compras, etc.) sejam adicionados no site antigo durante a transferência. Plugins como Maintenance ou SeedProd ajudam a criar uma página de manutenção personalizada facilmente. Mantendo o site “congelado” durante a migração, você garante que não haverá divergência de dados entre o que foi copiado e o que ficou no antigo.
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Utilize ferramentas e plugins confiáveis de migração: Em vez de migrar “na mão”, considere usar plugins dedicados que automatizam boa parte do processo, reduzindo erros humanos. Plugins populares incluem All-in-One WP Migration, Duplicator, UpdraftPlus Migrator, Migrate Guru, entre outros. Essas ferramentas exportam todo o site e importam no novo ambiente, cuidando de detalhes como serialização de dados e substituição de URLs. Por exemplo, o Duplicator cria um pacote instalador que recria o site no novo host de forma rápida – minimizando o downtime. Sempre use versões atualizadas e de fonte confiável (preferencialmente a oficial WordPress.org ou do desenvolvedor reconhecido). Ferramentas bem testadas diminuem a chance de erros durante a migração.
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Cheque a configuração do novo servidor antecipadamente: Uma estratégia preventiva é verificar se o novo servidor atende todos os requisitos do seu WordPress antes da migração. Confira a versão do PHP e do MySQL/MariaDB (idealmente iguais ou superiores às do servidor antigo), extensões do PHP necessárias (GD, cURL, mbstring, etc.), limites de memória, upload máximo, permissões de arquivos, existência de módulos como mod_rewrite (no caso de Apache), entre outros. Assim, você evita surpresas de incompatibilidade. Se algo estiver faltando no host de destino, peça para habilitar ou ajuste seu plano (por exemplo, habilitar SSL, instalar um certificado caso vá usar HTTPS, etc.) antes de migrar o site.
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Tenha uma checklist de pós-migração e teste tudo: Depois de finalizar a migração e apontar o domínio para o novo servidor, realize uma bateria de testes no site. Verifique página por página se o conteúdo carrega corretamente (texto, imagens, estilos). Teste funcionalidades: formulário de contato enviando e-mail, processo de checkout (se for e-commerce), área de login, etc. Use ferramentas para varrer links quebrados (pois alguma URL absoluta antiga pode ter ficado) e corrija-as. Confira também métricas de SEO: assegure que o arquivo robots.txt e o sitemap.xml estão presentes, e que não há nenhuma configuração bloqueando indexação (sites em staging às vezes usam
noindex
; lembre de remover no site final). Monitore o Google Search Console por erros de rastreamento após a migração. Em suma, valide a migração minuciosamente. O menor descuido pode levar a links quebrados, conteúdo ausente ou queda em rankings de busca, então invista tempo conferindo tudo. Se encontrar algo errado, ajuste imediatamente (às vezes é necessário limpar caches, atualizar permalinks, ou até refazer parte da migração se algo ficou faltando). -
Mantenha o site antigo por segurança (temporariamente): Uma dica final de mitigação: não cancele imediatamente a hospedagem antiga ou delete os dados logo após a migração. Espere alguns dias ou semanas para ter certeza de que o novo site está funcionando perfeitamente e que não será necessário reverter. Nesse meio tempo, mantenha o site antigo offline (colocado em manutenção ou restrito via .htaccess) para evitar confusão, mas preservado. Assim você tem um plano B se algo crítico for detectado após a migração – embora isso raramente seja necessário quando tudo é bem planejado, é uma rede de segurança.
Seguindo essas estratégias, você reduz drasticamente os riscos de algo dar errado. A chave é planejamento, backup e testes. Como muitos especialistas enfatizam: uma migração bem-sucedida depende de cuidadosa preparação e verificação em cada etapa, garantindo que o site continue íntegro e funcional no novo servidor. Com boas práticas, o processo se torna rotineiro e seguro, mesmo para sites grandes.
Quando vale a pena contratar um especialista (e como escolher)
Apesar de existirem muitas ferramentas para migração DIY (“faça você mesmo”), em diversos casos é altamente recomendável contar com ajuda profissional. Contratar um especialista pode agregar tranquilidade e garantir que a transferência ocorra sem percalços:
Quando considerar contratar alguém? Se o seu site é muito grande, complexo ou crítico para o negócio, vale a pena ter um profissional conduzindo a migração. Por exemplo, sites de comércio eletrônico com banco de dados extenso de pedidos, sites institucionais que não podem ficar off-line, ou portais com muito conteúdo e visitas – nesses casos, os riscos de uma falha de migração são altos demais para arriscar sem experiência. Da mesma forma, se você ou sua equipe não têm conhecimento técnico em FTP, banco de dados, DNS etc., um especialista evita dores de cabeça. Problemas graves podem acontecer se a migração for mal executada, mas profissionais experientes sabem antecipar e evitar desastres técnicos. Além disso, eles podem garantir que após a migração tudo estará funcionando corretamente (plugins, integracões, e-mails, SEO). Em suma, quando não se quer correr riscos ou não se tem tempo/habilidade para lidar com o processo, é hora de procurar ajuda externa. Um serviço de migração profissional consegue fazer a transição de forma suave, sem bugs e com o site rodando perfeitamente no final – essa garantia muitas vezes compensa o investimento.
Que tipo de profissional ou empresa contratar? No mercado de WordPress, há basicamente três caminhos: freelancers, agências/desenvolvedores especializados, ou suporte da própria empresa de hospedagem. A escolha depende do orçamento e da complexidade do trabalho:
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Freelancer: Existem muitos profissionais autônomos que realizam migrações de WordPress. Eles costumam ser a opção mais acessível em preço. Um bom freelancer com experiência em WordPress pode migrar sites pequenos e médios sem problemas. Você pode encontrá-los em plataformas como Workana, 99Freelas, Upwork, Freelancer.com, entre outras. Ao optar por um freelancer, verifique seu portfólio e avaliações de clientes anteriores, especialmente se já fez migrações parecidas. Combine exatamente o escopo (se inclui migração de e-mails, por exemplo, ou apenas do site) e prazos. Freelancers são ideais para migrações relativamente simples, quando você quer alguém dedicado mas não tem orçamento para uma empresa maior. Apenas tenha em mente que em plataformas de freelance a responsabilidade de checar a qualificação é sua, e pode ser desafiador para iniciantes distinguir os realmente experientes. Portanto, busque profissionais com comprovada competência em WordPress.
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Agências ou empresas especializadas: Aqui entram empresas de desenvolvimento ou de hospedagem especializadas em WordPress. Elas geralmente dispõem de equipes inteiras focadas na plataforma e oferecem um conjunto mais amplo de serviços (otimização, manutenção, SEO pós-migração, etc.). Contratar uma agência especializada em WordPress tende a custar mais caro, porém traz maior segurança e suporte. Essas empresas seguem processos padronizados de migração, fazem testes extensivos, e costumam incluir suporte pós-migração (para resolver qualquer ajuste fino depois). No Brasil, há agências de marketing digital e desenvolvimento web que oferecem migração de sites dentro de seus pacotes. Por exemplo, a Agência Mestre (focada em SEO) destaca que o processo de migração deve ser acompanhado por profissionais para evitar problemas técnicos e de SEO. Em níveis internacionais, serviços como o Seahawk (parceira do WPBeginner) ou a ClickWP fornecem migrações sob demanda. Em geral, optar por uma empresa faz sentido para sites críticos, empresas que preferem ter garantia formal do serviço (contrato/SLA), ou migrações que envolvem outros aspectos (como um redesenho junto, configurações de servidores dedicados, etc.). Até grandes hosts internacionais fornecem serviços de migração realizados por suas equipes – por exemplo, a Kinsta oferece migrações ilimitadas feitas pelos especialistas em migração deles, já incluídas em alguns planos.
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Suporte da hospedagem: Uma alternativa às acima, às vezes subestimada, é usar o próprio serviço de migração do provedor de hospedagem de destino. Muitos provedores de hospedagem oferecem migração gratuita quando você contrata um plano com eles – ou seja, a equipe de suporte do novo host realiza a migração para você, sem custo extra. Essa opção é muito interessante se o motivo da migração é justamente trocar de empresa de hospedagem. Por exemplo, diversas hospedagens no Brasil anunciam migração gratuita: HostGator, Hostinger, Locaweb, KingHost, Hostoo, entre outras, têm esse serviço de transferência como cortesia para novos clientes. A vantagem é que os técnicos do provedor estão acostumados a migrar sites diariamente e conhecem bem o ambiente de destino. Contudo, fique atento aos termos – em alguns casos “migração gratuita” aplica-se apenas a sites WordPress simples (há limites de tamanho ou quantidade). Sempre faça também seu backup por precaução, mas vale muito aproveitar o suporte do host: além de economizar, você tem quem acionar facilmente caso algo não funcione após a migração.
O que considerar ao escolher? Independentemente do tipo de profissional/empresa, alguns critérios de escolha são universais:
- Experiência comprovada com WordPress (de preferência, que já tenha migrado sites similares ao seu em tamanho/plataforma).
- Recomendações ou avaliações positivas de outros clientes.
- Comunicação clara: o especialista deve explicar o plano de migração, tempo estimado de indisponibilidade, e quais informações precisa (credenciais FTP, painel, etc.).
- Abrangência do serviço: verifique se inclui migração do banco de dados, arquivos, ajuste de DNS, migração de contas de e-mail (se aplicável), testes pós-migração, correção de eventuais problemas e suporte após a conclusão.
- Custos e prazos definidos: peça um orçamento fechado ou uma estimativa do investimento. Compare se o preço condiz com o trabalho envolvido e o profissionalismo oferecido.
- Cuidados com SEO: se sua migração envolve troca de domínio ou URLs, um profissional capacitado deve saber configurar redirecionamentos 301, revisar o Search Console, e garantir que você não perca tráfego orgânico. Certifique-se de que isso esteja no escopo se for relevante.
- Contrato ou garantia: no caso de agências, usualmente há um contrato de prestação de serviço. Em freelancers, pode ser mais informal, mas não hesite em documentar por e-mail o acordado. Alguns oferecem garantia de suporte X dias após a migração para ajustar algum detalhe se necessário – isso é um diferencial importante para sua segurança.
Em resumo, contratar um especialista vale muito a pena quando a situação requer – seja pela complexidade do site ou pela tranquilidade que um profissional traz. Com a pessoa certa, a migração tende a ser rápida e segura, liberando você de stress. Os profissionais de WordPress lidam com migrações diariamente e sabem contornar obstáculos. Muitas empresas nem arriscam migrar internamente e terceirizam para especialistas, justamente para ter certeza do resultado. Se você investir em alguém de confiança, o resultado será uma migração impecável e um site funcionando perfeitamente no novo servidor, sem dores de cabeça.
Preços de serviços de migração de WordPress no Brasil (freelancers vs. empresas)
Os valores cobrados por uma migração de site WordPress no Brasil podem variar bastante, dependendo do escopo do trabalho e de quem realiza o serviço. Abaixo estão faixas de preço aproximadas, considerando cenários típicos em 2025:
| Tipo de Serviço / Profissional | Escopo da Migração | Faixa de Preço Estimada (R$) | | ------------------------------------------------------------ | ---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- | ---------------------------------------------------------------- | | Freelancer (básico) | Site WordPress simples ou pequeno (até ~5 GB de dados) | ~ 100 – 200 | | Freelancer (complexo) | Site médio/grande, com mais recursos (até ~20 GB, possivelmente e-commerce) | ~ 200 – 400 | | Profissional especializado (autônomo ou pequena empresa) | Migração completa com otimizações, verificação pós-migração e possível transferência de e-mails junto | ~ 250 – 600 | | Agência/Empresa especializada | Migração de alta complexidade (ex: site muito grande, WooCommerce com muitos pedidos, ou múltiplos sites em multisite) incluindo suporte completo e garantia | 1000+ (podendo chegar a vários milhares, conforme o projeto) | | Cortesia do provedor de hospedagem | Troca de host utilizando serviço de migração oferecido pelo novo provedor (quando disponível) | 0 (gratuito na maioria das principais hospedagens) |
Observações sobre os preços: Essas faixas cobrem desde soluções economicamente acessíveis (um freelancer cobrando cerca de R$150 por uma migração simples, por exemplo) até projetos robustos, onde uma agência pode cobrar alguns milhares de reais por migrações complexas e críticas. Por exemplo, em plataformas de microserviços, é possível achar ofertas de migração de um site básico por cerca de R$100. Já especialistas que calculam o preço com base em horas de trabalho e custos operacionais podem chegar a orçamentos na casa de R$1.000 a R$2.000 ou mais, dependendo do tamanho do site e da infraestrutura envolvida.
Freelancers normalmente cobrarão menos por não terem os mesmos custos fixos de uma empresa. Muitos freelancers brasileiros em 2025 cobram algo em torno de R$200 a R$400 por uma migração padrão de WordPress (valores que podem subir se o site tiver dezenas de gigabytes ou precisar de configurações extras). Profissionais independentes experientes, que oferecem um serviço mais completo (incluindo consultoria, otimizações ou garantia), podem cobrar na faixa de R$500 ou mais, conforme relatado em comunidades de WordPress.
Empresas especializadas e agências digitais costumam precificar migrações considerando horas de trabalho de suas equipes e custos operacionais. Um exemplo prático: um especialista calculou que, para ~15 horas de trabalho, o custo direto seria ~R$625, e somando despesas e margem de lucro o serviço sairia por cerca de R$1.788. Claro, cada empresa tem sua fórmula, mas não é incomum orçamentos de R$1.000 a R$3.000 para migrar um site complexo (como um e-commerce de grande porte ou um portal de conteúdo com milhares de posts). Projetos muito amplos (vários sites ou requisitos específicos) podem ultrapassar esses valores.
Por outro lado, lembre-se das migrações gratuitas oferecidas por hosts: se você está mudando seu site para uma nova hospedagem, verifique se ela não faz a migração sem custo. Muitos provedores no Brasil anunciam essa facilidade para conquistar clientes. Nesses casos, o custo é zero (embora você já esteja pagando pela hospedagem em si). Essa opção gratuita geralmente cobre uma transferência básica; se houver complexidades fora do comum, talvez o host cobre uma taxa adicional ou limite o escopo. Ainda assim, é um fator a considerar no seu orçamento: economizar o valor da migração utilizando o serviço incluso da empresa de hospedagem.
Concluindo sobre preços: para um site WordPress típico, esperar gastar na casa de centenas de reais (se contratar alguém) é razoável; para sites muito grandes ou demandas especiais, prepare-se para um orçamento na casa dos mil reais. Sempre peça orçamentos detalhados de mais de um profissional/empresa, e pondere o custo-benefício – nem sempre o mais barato será ideal (risco de algo dar errado), nem o mais caro garantirá o melhor serviço. Busque equilíbrio entre preço e confiança no prestador. Com o fornecedor certo, o investimento se paga na forma de tranquilidade e sucesso da migração, evitando prejuízos que uma migração malfeita poderia trazer.
Referências: Este relatório foi embasado em artigos especializados, tutoriais de empresas de hospedagem e opiniões de profissionais da comunidade WordPress. Consulte as fontes citadas para mais detalhes e orientações específicas sobre migração de sites WordPress no contexto brasileiro e internacional. Com planejamento, boas práticas e (quando necessário) ajuda especializada, migrar seu site WordPress pode ser um processo tranquilo e recompensador, habilitando uma nova fase de crescimento com seu novo provedor de hospedagem.